terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que toda gente procura:

Amour, nom masculin




Sens 1: Sentiment d'affection, d'attirance sentimentale et sexuelle entre deux personnes. Synonyme adoration Anglais love

Sens 2: Sentiment d'attachement, d'affection mutuelle entre amis ou membres d'une même famille. Ex L'amour filial. Synonyme affection Anglais love

Sens 3: Attachement désintéressé à une valeur, un idéal. Synonyme admiration

Sens 4: Personne aimée. Anglais love




Synonymes de l'amour:

admiration,
adoration,
affection,
altruisme,
amitié,
ange,
attachement,
béguin,
charité,
coeur,
culte,
désir,
dévouement,
entente,
enthousiasme,
estime,
fanatisme,
fraternité,
idolâtrie,
liaison,
passion,
penchant,
relation,
tendresse,
vénération.


Com tantas definições e sinónimos já não se sabe onde, como, quando e o que é que se procura. A natureza humana tem mania de complicar tudo... E tudo tão simples à vista...

9 comentários:

  1. Discordo. Se fosse tudo tão simples à vista, como se apaixonam os cegos? Aliás está provado cientificamente que os espermatsoides se orientam pelo olfacto. E que as pessoas se apaixonam pelo "cheiro". Não é por acaso que não existe uma definição consensual sobre o amor. E esse é o maior problema pois é um conceito individual. Fazendo uma analogia com os sinónimos, se os entendermos como ingredientes, cada pessoa "constroi a sua receita" de amor. Penso que o que procuramos ,quando somos adultos é encontrar quem se aproxime do nosso conceito de amor.

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  2. Nem sempre, se não seria muito racional. Ainda é preciso ter a noção do próprio conceito do amor. Há tantas emoções e sensações além do cheiro e da vista. História pessoal de cada um, capital emocional, cultural e educativo também acumula-se no sub-consciente e controla a razão de ser.

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  3. Alberto Caeiro - O guardador de rebanhos

    II

    O meu olhar é nítido como um girassol.
    Tenho o costume de andar pelas estradas
    Olhando para a direita e para a esquerda,
    E de vez em quando olhando para trás...
    E o que vejo a cada momento
    É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
    E eu sei dar por isso muito bem...
    Sei ter o pasmo essencial
    Que tem uma criança se, ao nascer,
    Reparasse que nascera deveras...
    Sinto-me nascido a cada momento
    Para a eterna novidade do mundo...
    Creio no mundo como num malmequer,
    Porque o vejo. Mas não penso nele
    Porque pensar é não compreender...

    O Mundo não se fez para pensarmos nele
    (Pensar é estar doente dos olhos)
    Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

    Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
    Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
    Mas porque a amo, e amo-a por isso,
    Porque quem ama nunca sabe o que ama
    Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

    Amar é a eterna inocência,
    E a única inocência é não pensar...

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  4. Felizmente, enquanto adolescente, frequentei o Liceu Nacional de Camões, em Lisboa e, entre vários professores "amalucados" que tive, houve um, muito filósofo, que explicou assim: Em termos Darwinianos a Evolução explica: primeiro os animais, incluindo os primatas, descobriram o sexo e todos eram felizes. Depois o Homo sapiens inventou o Amor e, com este invento, tornou impossível a felicidade entre os humanos. Pode ser uma visão muito simplista mas, se calhar, até está correcta. Lembrem-se, por exemplo, dos rituais que todas as espécies animais executam antes da cópula. Agora comparem com os rituais que propiciam o amor. Não os acham muito mais complicados e a maior parte das vezes acabam em erotização nula?

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  5. Paulo, o que escreveste e lindíssimo. Gostava de parar de pensar. :)

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  6. Não fui eu que escrevi foi Fernando Pessoa (Alberto Caeiro).
    Também gosto muito desta quadra de Francisco Lacerda
    O amor é como a sombra
    Que naquele muro dá,
    Que sempre se faz maior
    Quanto mais longe se está.

    Ou este do Bocage

    Amar dentro do peito uma donzela


    Amar dentro do peito uma donzela;
    Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
    Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
    Depois da meia-noite na janela:

    Fazê-la vir abaixo, e com cautela
    Sentir abrir a porta, que murmura;
    Entrar pé ante pé, e com ternura
    Apertá-la nos braços casta e bela:

    Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
    E a boca, com prazer o mais jucundo,
    Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

    Vê-la rendida enfim a amor fecundo;
    Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
    É este o maior gosto que há no mundo.

    Bocage, Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas

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  7. Na vida há muitos tipos de amores. Temos o amor da nossa mãe, do nosso pai, do irmão, da irmã, do filho, da filha, das amigas, dos amigos... e do namorado/a. Há quem diga: "Não preciso de um amor romântico, tenho o dos meus filhos!". Mas, tal como numa salada de frutas, em que a comparticipação de cada fruta é que dá o sabor final, assim são os amores...



    O amor da mãe pode ser o sabor da maçã, do pai a pêra, do irmão a laranja, da irmã o abacaxi, dos amigos a manga e do namorado/a o morango, por exemplo. Sem todos eles não seria salada de frutas, assim como a vida não tem o mesmo sabor se não tivermos, pelo menos de tempos a tempos, todos os "tipos" de amores...

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