segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Verdade verdadeira

A Sónia ouve as histórias todas das suas amigas e depois de perder esperança volta a acreditar no amor. O que ela procura é especial, é raro. Alias, acho que ela nem procura. Já se convenceu que é quase impossível. Mas pronto, conforma-se. Pode ser que acontece. Ela queria um amor onde tudo seja verdadeiro e sincero. Uma espécie de melhor amigo com desejo ardente. A mesma relação que ela tem com as amigas onde se dizem tudo sem vergonha, sem medo. É que com os convívios, os amigos e o que se passa a volta dela, ela já se apercebeu que ninguém tem o que ela quer. Entre os amigos casados que se comem uns aos outros, “os amigos” que no fundo só querem a comer e os outros, os frustrados, os infelizes, os conformados, os calados, os mentirosos, etc. Ela chegou à conclusão que quase todos os casais mentem-se. Por medo de magoar, de desiludir, de deixar de ser amado, de assumir os pensamentos, receio do conflito, da separação, para se proteger, para se libertar ou o simples facto de omitir de dizer. Enfim, toda gente mente.






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