quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Febre

Há fases estranhas que tem que ser vividas.... K este poema é meu não para ti mas contigo! :-)

Febre


Serei uma pena num espaço vazio?
Carne que deambula nas ruas
Com pensamentos livres e interrogações
Incómodas, sobre ti?

Em vez da cabeça tenho um armário
Onde arrumo assuntos, secções e repartições
Matérias…. sobre ti.

Em vez do coração existe um martelo
Que bate numa chapa quente
Emanando faíscas que flutuam
Nas veias, por ti.

E como arrancar estas raízes
Que me absorvem a seiva
Que me arranham a pele
E me infectam os ossos?

Esta coisa visceral que não escapa,
Não abandona este corpo pendente
Que espera, e espera, e se entrega
No nada, por ti?

Nas mãos reside o destino
A sina do amanhã desconhecido
A aposta de uma eternidade efémera
Que sem alma que a envolva
Me farão voltar as costas, por mim.


Texto: Catarina Ribeiro

2 comentários:

  1. Subscrevo, partilho e aprecio. Sócia, está simplesmente divinal.

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  2. És uma mulher de muitos talentos, Catarina... :) está muito bonito. beijinho

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