Molhina

Fingir que estamos bem acompanhado por não estar só. A partilha tem um preço a custa da sinceridade. Padrões, desejos retraídos, coragem falhada, medo pesado. A consciência não pesa tanto apesar do egoísmo. Mas porquê acreditar que estamos bem quando já procuramos outra coisa? Se procuramos é porque não estamos assim tão bem. Se despertamos curiosidade por situações diferentes é porque não temos o que queremos. Sei que nem sempre sabemos definir o que queremos. Cenas...

Sentir que falta alguma coisa, como se houvesse algo pelo qual esperamos toda a vida e perguntamos se alguma vez a teremos? O amor deveria ser tão lindo. E poderoso. Chego a conclusão que pouca gente sabe. Pelo menos nem tenta saber nem entender. Fecha-se em esquema familiar porque tem que ser e assim e assado e o que não se conhece é assustador. Não há tempo para parar e pensar: ninguém quer ser arrebatado pelo amor?